A proposta apresentada pelo Governo do Estado ao comando de greve nesta 5ª feira, 2, não agradou o magistério, uma vez que ainda mantém o achatamento da tabela salarial e apresenta pontos que retiram direitos já conquistados pela categoria. A proposição do governo prevê a extinção dos prêmios Educar e Jubilar; a extinção do prêmio assiduidade; a fixação de 15% de todas as gratificações constantes da legislação da carreira do magistério e seus complementos; e a redução de 50% dos adicionais pagos pelas horas excedentes.
O governo exige ainda a normalização das atividades escolares a partir de 6 de junho e a alteração do calendário escolar para reposição das aulas no período de18 a 29 de julho. O governo condicionou o abono das faltas à reposição das aulas durante o recesso escolar.
O comando de greve estadual analisou já ainda a proposta apresentada pelo governador Raimundo Colombo que, durante a audiência, da qual também participaram o vice-governador Pinho Moreira, o secretário da Educação Marco Tebaldi, o secretário de Comunicação , Derly Anunciação, e o secretário-adjunto da Educação Eduardo Deschamps.
Com o argumento de que precisa atender os limites da disponibilidade financeira do estado, o governo propôs a formação de um núcleo de trabalho de trabalho com o SINTE/SC para buscar a atualização da tabela salarial com base no Piso Salarial Nacional, considerando novas fontes de recursos para sua viabilização e medidas de redução de despesas; como também formas para o atendimento aos pleitos referentes a revisão do decreto3.593/2010 ( progressão funcional); revisão da lei 456/2009 (Lei dos ACTs) e resolução de problemas das escolas (infra-estrutura, segurança e mobilidade). O núcleo de trabalho teria um prazo de 180 dias para traçar caminhos para o magistério.
O comando de greve saiu da audiência com o compromisso de avaliar a proposta apresentada e indicar alterações numa contraproposta que deve ser entregue, impreterivelmente, ao governo até às 16h desta 6ª feira (3).
O comando de greve ressalta que a greve continua, e uma nova reunião dos dirigentes sindicais está marcada para segunda-feira quando será avaliado o retorno do governo à contraproposta apresentada e, na terça-feira, 7, serão realizadas assembleias regionais que apontarão os rumos do movimento de greve dos trabalhadores em educação da rede estadual.
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