A imprensa é (ou pelo menos deveria ser) um dos pilares de um sistema democrático efetivo. Mas ela (principalmente a grande imprensa) age de acordo com seus interesses políticos e econômicos. Os governos e os grandes grupos econômicos são seus principais clientes, por isso, melhor não contrariá-los. Isso talvez explique o fato de a imprensa jamais ter se posicionado favoravelmente a qualquer greve.
Diante disso, sempre me causou estranheza a postura de um importante BLOG, de um conhecido jornalista, do GRUPO ECONÔMICO que monopoliza a comunicação no nosso Estado.
Como a greve do magistério era inevitável frente ao descaso com que a educação e os profissionais do magistério foram tratados nos tempos recentes, e sobretudo da negativa do governo em cumprir uma Lei Federal, esse jornalista ecoou aos quatro cantos a causa do magistério, dizendo que a luta era justa; que as escolas estavam abandonadas; que os profissionais eram mal remunerados; que a politicagem imperava nas nomeações de diretores, gerentes, assistentes, ... De fato, isso tudo é verdade.
Com isso, ganhou credibilidade junto aos professores, seu blog passou a ser a principal fonte de informação dessa categoria. Foram muitos os elogios a sua conduta "democrática, seriedade, ..." por parte de alguns professores.
Agora começa a cair sua máscara, tenta de todas as formas dissuadir o movimento grevista que até aqui foi o mais coeso da categoria. Os professores que cobram, entre outras coisas, a implantação de uma Lei Federal, mesmo não tendo conquistando seu objetivo, passaram a ser os INTRANSIGENTES, alguns, RADICAIS, ... O Governo do Estado, FORA DA LEI, passou de bandido à mocinho num passe de mágica "não paga a tabela integral na carreira porque não tem recursos financeiros", "cedeu em vários pontos", ...
A imprensa, portanto, deixa claro, só agora, de que LADO está e sempre esteve.
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